OLGA NORONHA

HAIR | LUCINATION 



A designer fugiu completamente do formato tradicional e apresentou uma exposição da qual o público pode ver a coleção de perto.
Esta coleção deu destaque à ausência e perda de cabelo devido à Alopecia e efeitos secundários de tratamentos quimioterapeuticos, metaforizando a sua inexistência e recorrendo à abundância deste elemento.
A criadora apresentou peças feitas inteiramente em cabelo, trabalhadas nas mais diversas formas.
Quanto ao calçado que completava os looks, patrocinado pela Reebok,foi leiloado durante e após o desfile e todos os lucros foram a reverter a favor do IPO. 
Esta coleção contou tambem com a colaboração de Joana Neves, Saymyname e Roger Spy.



CORES
Branco, rosa, verde e roxo.


NÚMERO DE PEÇAS
21 looks com aproximadamente 42 peças.



OPINIÃO PESSOAL
Antes de começar a falar da coleção em si, começo desde já a dar uma grande importância à inspiração para esta coleção.
A verdade é que utilizar a moda para ajudar numa causa social não só demonstra uma grande sensibilidade como também ajuda a ultrapassar algumas ideias pré feitas de que este mundo é fútil e superficial,o que esta designer prova, pelo menos em alguns casos, não ser verdade.
Falando da coleção em si, a criadora utilizou uma forma inteligente de contrariar o "problema" fazendo peças que apesar de não serem usuais no nosso dia à dia, apresentam um grande nível artístico e uma grande originalidade através da utilização abundante de cabelo trabalhado de variadas formas.
Por fim, quanto ao formato de desfile, acho que se adequou pois para alem de original, o facto das pessoas terem estado perto das modelos e das peças deu uma ideia mais descontraída e pessoal.


ALEXANDRA MOURA


O MILAGRE DAS ROSAS



Como inspiração para a coleção, a designer baseou-se na lenda do "Milagre das rosas", sendo transportada e transformada de um mundo cruel, dominado pela inveja e ganância, para um novo mundo, o futuro, reinado pela paz e bondade.
As silhuetas e os pormenores da sua coleção foram trabalhadas para recontar a história.
Os tecidos pesados unificam-se com os mais etéreos. As cores revelam amor e força. 





CORES
Pretos, vermelhos, azuis e tons nude.

NÚMERO DE PEÇAS
30 looks com aproximadamente 60 peças, variando entre vestidos e coordenados.

OPINIÃO PESSOAL

Quanto a esta coleção admito que não faz de todo o meu género e da qual não fiquei grande "fã" mas por outro lado não lhe tiro o valor pois para alem de original adequou-se muito bem ao tema através das cores e cortes das peças.





LUIS CARVALHO

FLOWER EXPLOSION 


O criador baseia-se numa explosão de flores que influencia as formas, cortes e motivos.Sendo a base da coleção são exploradas de várias formas e em diversos materiais, pois as suas formas orgânicas resultam em tecidos e cortes fluidos. 
As texturas têm influência nos plissados e em outras matérias-primas, que transmitem o contraste do feminino\masculino.





MATERIAIS
Algodão, crepe, crepe elástico, cetim e vinil.

CORES
Preto, branco, cinzento e diversos tons de azul 

NÚMERO DE PEÇAS 
43 looks com aproximadamente 68 peças, variando entre vestidos e coordenados.

OPINIÃO PESSOAL
Luís de Carvalho apresentou uma das coleções que mais gostei e que mais se adequa ao meu estilo, devido às cores e ao padrão utilizado, que na minha opinião, em conjunto com os cortes formaram peças simples mas elegantes e sofisticadas ao mesmo tempo, tanto no feminino como no masculino.

 

SAYMYNAME


REINCARNATION OF GENDER THROUGH ART 

A diferença entre género foi a inspiração desta coleção, onde se deu destaque a três mulheres que lutaram contra isso: a pintora e fotógrafa japonesa, Kimiko Yoshida que amplificava as mulheres através da sua arte numa postura feminista de protesto contra os clichês contemporâneos de sedução, contra a servidão voluntária das mulheres e os estereótipos de "género" e determinismo da hereditariedade, Chimamanda Ngozi Adichie, autora Nigeriana do livro “We should all be Feminist” dizia "O problema com o género é que ele determina como devemos ser, em vez de reconhecer quem nós somos" e Sascha Braunig, artista surrealista Canadiana, que nos apresentava a sua coleção onde mostrava algumas formas abstratas que forçam o espetador a considerar a figura em vez do estranho padrão.
Apresentando uma coleção funcional e minimalista, mas ao mesmo tempo imprevisível, a designer, criou formas 3D orgânicas, estilos pictóricos,calções e saias pontuados por pregueados.
Inspirando-se numa mulher subtil mas ao mesmo tempo sexy.
O destaque foi para os vestidos,tops kai-kai com barras que percorrem os cortes criando sombras dramáticas.





MATERIAIS
Malha de seda, nylon, tweed de algodão com estampado metálico, napa estampada, viscose seersucker e mousseline estampada.

CORES
Preto, branco, azul índigo, azul metálico, coral e mostarda.

NÚMERO DE PEÇAS
26 looks com aproximadamente 37 peças, variando entre vestidos e coordenados.

OPINIÃO PESSOAL
Confesso que foi uma das coleções que me chamou à atenção prendeu pela roupa mas também pela fonte de inspiração da criadora e que acabou por me surpreendente pela positiva.
A maior parte das criações são originais mas ao mesmo tempo funcionais e minimalistas, que utilizam cores e modelos que se podem usar no dia à dia.
Os padrões e pormenores foram o ponto alto desta coleção, dando um toque único e próprio a cada peça.